Porquê optar por criar uma empresa na Tailândia?
A Tailândia tornou-se um dos destinos mais atractivos para os empresários e as empresas internacionais que pretendem expandir-se para o Sudeste Asiático. A sua economia em rápido crescimento, a sua localização estratégica e o apoio do governo ao investimento estrangeiro fazem dela uma escolha privilegiada para a criação de uma empresa. Seguem-se as principais razões pelas quais deve considerar a criação de uma empresa na Tailândia.
Panorama económico
A Tailândia é reconhecida como uma das maiores economias do Sudeste Asiático, com um PIB de mais de 500 mil milhões de dólares. A sua trajetória de crescimento, particularmente em sectores como a indústria transformadora, o turismo e a tecnologia, fez do país um centro para empresas locais e internacionais. Apesar dos desafios económicos globais, a Tailândia continua a oferecer estabilidade económica e um custo relativamente baixo para fazer negócios, o que a torna ideal para empresas em fase de arranque, PME e grandes empresas.
Além disso, as infra-estruturas bem desenvolvidas da Tailândia - que incluem uma extensa rede de estradas, aeroportos e portos de águas profundas - facilitam o comércio nacional e internacional. Este ambiente económico é complementado por uma grande força de trabalho qualificada e uma classe média em crescimento que contribui para um mercado interno robusto. Para as empresas que procuram entrar nos mercados em rápido desenvolvimento do Sudeste Asiático, a Tailândia oferece uma base sólida para o crescimento a longo prazo.
Incentivos governamentais
O Conselho de Investimento (BOI) da Tailândia desempenha um papel fundamental na atração de investimento direto estrangeiro, oferecendo vários incentivos fiscais e não fiscais. As empresas que se qualificam para a promoção do BOI podem beneficiar de:
- Isenções fiscais: as empresas aprovadas pelo BOI beneficiam de isenções do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas durante um período máximo de 8 anos, consoante o tipo de atividade.
- Vantagens da propriedade: Os investidores estrangeiros podem usufruir de 100% de propriedade estrangeira em sectores aprovados pela Comissão do Investimento, o que constitui uma vantagem significativa, tendo em conta que a Lei relativa às empresas estrangeiras exige normalmente uma propriedade tailandesa de 51%.
- Autorizações de trabalho e vistos: As empresas abrangidas pelo BOI podem obter mais facilmente autorizações de trabalho e vistos para trabalhadores estrangeiros, contornando alguns dos obstáculos burocráticos com que normalmente se deparam as outras empresas.
- Propriedade de terrenos: As empresas estrangeiras que são promovidas pelo BOI podem ser proprietárias de terrenos, o que é geralmente limitado para os não tailandeses ao abrigo da lei sobre as empresas estrangeiras.
Estes incentivos tornam a Tailândia particularmente apelativa para indústrias como a indústria transformadora, a tecnologia e as energias renováveis, onde o governo está a encorajar ativamente o crescimento.
Comércio internacional e acordos de comércio livre
A participação da Tailândia em vários acordos comerciais internacionais importantes dá às empresas que aí operam um acesso privilegiado aos mercados globais. Enquanto membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), a Tailândia beneficia da Zona de Comércio Livre da ASEAN (AFTA), que reduz ou elimina os direitos aduaneiros entre os Estados membros da ASEAN. Isto abre um mercado de mais de 650 milhões de pessoas, proporcionando às empresas imensas oportunidades de crescimento e expansão na região.
Além disso, a Tailândia celebrou acordos comerciais bilaterais com países como a China, o Japão e a Austrália, aumentando ainda mais a sua atratividade como centro de comércio internacional. O país também faz parte da Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP), o maior acordo de comércio livre do mundo, que melhora o acesso aos mercados da Ásia-Pacífico, incluindo a China e a Coreia do Sul. Estes acordos fazem da Tailândia um local ideal para as empresas que pretendem estabelecer operações regionais ou gerir actividades orientadas para a exportação.
Sectores prósperos
A economia da Tailândia é apoiada por várias indústrias-chave, muitas das quais estão a crescer rapidamente:
- Turismo: Como um dos principais destinos turísticos do mundo, a Tailândia beneficia de um sector turístico próspero que contribui significativamente para a economia. As empresas envolvidas na hotelaria, viagens e serviços relacionados beneficiam de um fluxo constante de visitantes internacionais.
- Indústria: A Tailândia é muitas vezes referida como a "Detroit da Ásia" devido à sua posição como um centro de produção líder, particularmente no sector automóvel. O país é o lar de numerosas empresas de produção globais, especialmente em eletrónica, peças para automóveis e maquinaria.
- Tecnologia e Startups: A Tailândia tem um ecossistema de startups em crescimento, particularmente em Banguecoque, que se está a tornar um centro tecnológico regional. O governo tem feito esforços concertados para apoiar a inovação e as empresas orientadas para a tecnologia, oferecendo incentivos para startups em fintech, comércio eletrónico e inteligência artificial (IA).
- Agricultura e processamento de alimentos: A Tailândia é um dos maiores exportadores mundiais de arroz, marisco e outros produtos agrícolas. Com uma extensa indústria de processamento de alimentos, as empresas do sector agrícola podem tirar partido das cadeias de abastecimento avançadas e das infra-estruturas de exportação da Tailândia.
- Energias renováveis: A Tailândia também está a investir fortemente nas energias renováveis, com o objetivo de aumentar a percentagem de energias limpas na sua produção de eletricidade. As empresas de energia solar e eólica estão entre as indústrias que beneficiam de incentivos governamentais.
A Tailândia oferece uma economia dinâmica e em rápido crescimento, com uma localização estratégica no coração do Sudeste Asiático. Os seus incentivos governamentais, acordos de comércio internacional e indústrias prósperas fazem dela um destino ideal para empresas que procuram expandir-se. Quer esteja interessado em fabrico, tecnologia ou turismo, a Tailândia oferece um ambiente competitivo e atrativo para as empresas crescerem e prosperarem.
Tipos de empresas na Tailândia
Ao criar uma empresa na Tailândia, os empresários estrangeiros têm várias opções a considerar. A escolha da estrutura empresarial depende de factores como a propriedade, os objectivos operacionais e o sector industrial. Seguem-se os principais tipos de empresas que os investidores estrangeiros costumam constituir na Tailândia, juntamente com as suas vantagens e caraterísticas principais.
1. Sociedade anónima tailandesa
A sociedade anónima tailandesa é a estrutura empresarial mais popular e mais utilizada pelos empresários estrangeiros e locais. Oferece responsabilidade limitada, o que significa que os acionistas só são responsáveis pelo montante de capital que investiram na empresa, protegendo os bens pessoais de dívidas ou responsabilidades empresariais.
Propriedade e acionistas
Um dos principais requisitos para a constituição de uma sociedade anónima tailandesa é a existência de , pelo menos, três acionistas. Para a maioria das empresas, a lei tailandesa exige que 51% da empresa seja detida por cidadãos tailandeses, deixando aos estrangeiros uma participação máxima de 49%. Este requisito de propriedade maioritária pode ser um desafio para alguns investidores estrangeiros, mas foi concebido para assegurar a participação local na economia.
No entanto, certas indústrias e sectores promovidos pelo Conselho de Investimento (BOI) permitem a participação total ou maioritária de estrangeiros, o que reduz significativamente este obstáculo (ver mais adiante sobre as empresas BOI).
Vantagens de uma sociedade anónima tailandesa
- Responsabilidade limitada: os activos pessoais dos acionistas estão protegidos de quaisquer responsabilidades financeiras da empresa.
- Flexibilidade operacional: Esta estrutura permite uma vasta gama de actividades comerciais e a empresa pode exercer qualquer atividade comercial legal, a menos que seja especificamente restringida por lei.
- Propriedade estrangeira: Embora a maioria das sociedades anónimas tailandesas exija uma participação maioritária tailandesa, certos sectores e circunstâncias (como a aprovação do BOI) permitem uma participação maioritária estrangeira, o que oferece uma maior flexibilidade aos investidores internacionais.
Esta estrutura é ideal para os empresários estrangeiros que pretendem operar na Tailândia, assegurando simultaneamente o cumprimento da legislação local, especialmente nos sectores que permitem um certo grau de propriedade estrangeira.
2. Empresa tailandesa BOI
Uma empresa promovida pelo BOI é uma empresa que foi aprovada pelo Conselho de Investimento da Tailândia (BOI), uma agência governamental encarregada de incentivar o investimento estrangeiro em sectores-chave. Uma empresa promovida pelo BOI beneficia de vantagens e incentivos significativos que a tornam uma opção atractiva para os empresários estrangeiros.
Vantagens de uma empresa BOI
- Isenções fiscais: as empresas da BdI podem beneficiar de isenções fiscais substanciais, incluindo isenções do imposto sobre o rendimento das sociedades durante um período máximo de 8 anos e isenções dos direitos de importação de máquinas e matérias-primas.
- Propriedade de terrenos: Os estrangeiros estão geralmente impedidos de possuir terrenos na Tailândia, mas as empresas aprovadas pelo BOI podem contornar esta restrição, permitindo-lhes possuir terrenos para as suas actividades comerciais.
- Emissão mais fácil de autorizações de trabalho: as empresas promovidas pela BOI podem obter mais facilmente autorizações de trabalho para trabalhadores estrangeiros, sem estarem sujeitas aos requisitos habituais, tais como o rácio de 4:1 entre trabalhadores tailandeses e estrangeiros.
Sectores elegíveis
Os incentivos da Comissão do Investimento estão disponíveis para empresas em sectores prioritários, incluindo
- Tecnologia (desenvolvimento de software, serviços digitais)
- Fabrico
- Desenvolvimento de infra-estruturas
- Energias renováveis
- Turismo
A criação de uma empresa promovida pela BdI é altamente benéfica para as empresas destes sectores, permitindo uma maior flexibilidade na propriedade e vantagens financeiras significativas.
3. Sucursal no estrangeiro
Uma sucursal estrangeira é uma extensão de uma empresa-mãe sedeada fora da Tailândia. Embora permita que a empresa estrangeira estabeleça uma presença no país, o âmbito da sucursal é frequentemente limitado.
Caraterísticas e restrições
- Não geradoras de receitas: As sucursais estão normalmente impedidas de realizar actividades geradoras de receitas. As suas operações estão limitadas a actividades como a prestação de apoio, a coordenação de operações regionais ou a supervisão das importações e exportações.
- Responsabilidade: A empresa-mãe estrangeira é totalmente responsável pelas acções da sua sucursal tailandesa, o que significa que quaisquer dívidas ou questões jurídicas resultantes das operações da sucursal podem afetar a empresa-mãe.
Esta opção é geralmente escolhida pelas empresas que pretendem explorar o mercado tailandês ou efetuar operações logísticas sem criar uma filial de pleno direito no país.
4. Escritório de representação
Um escritório de representação é semelhante a uma sucursal, mas as suas actividades são ainda mais limitadas. É uma entidade não comercial e não pode exercer quaisquer actividades comerciais ou gerar rendimentos na Tailândia.
Actividades autorizadas
- Estudos de mercado
- Aprovisionamento de produtos
- Estabelecer a ligação entre a empresa-mãe e os fornecedores ou clientes tailandeses
- Apoio técnico
A representative office is ideal for companies that need a presence in Thailand for administrative purposes without engaging in actual business transactions. Since it cannot generate revenue, all costs are covered by the foreign parent company.
5. Empresas comuns
Uma empresa comum (Joint Venture ) é outra opção para os investidores estrangeiros que pretendem estabelecer uma empresa na Tailândia, especialmente nos sectores em que a propriedade estrangeira é restrita. Ao abrigo desta estrutura, um investidor estrangeiro associa-se a uma entidade tailandesa para partilhar a propriedade, o controlo e os lucros.
Propriedade e controlo estrangeiros
- As empresas comuns permitem aos investidores estrangeiros contornar certas restrições de propriedade através de uma parceria com uma empresa tailandesa. No entanto, a participação estrangeira continua a estar limitada a 49%, a não ser que a empresa possa beneficiar da aprovação da Comissão do Investimento ou de outras excepções.
- A partilha de lucros e a gestão são negociadas entre as partes, permitindo flexibilidade na forma como a empresa é gerida.
As empresas comuns são normalmente utilizadas em sectores em que a propriedade estrangeira é altamente restrita, mas em que os conhecimentos ou o capital estrangeiro são essenciais para o êxito da empresa. Estas empresas constituem uma forma de os investidores estrangeiros entrarem no mercado tailandês, respeitando simultaneamente os requisitos legais.
Quadro jurídico e regulamentar para a criação de uma empresa na Tailândia
Ao criar uma empresa na Tailândia, os investidores estrangeiros têm de cumprir vários requisitos legais e regulamentares. Desde a compreensão dos limites mínimos de capital até ao cumprimento do Foreign Business Act (FBA), o quadro regulamentar foi concebido para apoiar e regular a participação estrangeira na economia tailandesa. Aqui está uma visão geral dos principais elementos envolvidos na criação de uma empresa na Tailândia.
1. Requisitos mínimos de capital
Um dos primeiros passos para a criação de uma empresa na Tailândia é garantir que se cumprem os requisitos mínimos de capital. O montante de capital necessário depende do tipo de estrutura empresarial e do facto de a empresa ser detida por estrangeiros ou promovida pelo BOI (Board of Investment).
- Sociedade anónima para estrangeiros: Se é estrangeiro e pretende criar uma empresa na Tailândia, o capital mínimo registado é geralmente de 2 milhões de THB. No entanto, se a empresa pretender empregar pessoal estrangeiro e obter autorizações de trabalho, deve geralmente ter pelo menos 2 milhões de THB por trabalhador estrangeiro. Por exemplo, se pretender contratar dois trabalhadores estrangeiros, precisará de um capital registado de 4 milhões de THB.
- Empresa promovida pelo BOI: As empresas que recebem aprovação e promoção do Conselho de Investimento (BOI) têm frequentemente requisitos de capital mais elevados, mas beneficiam de uma vasta gama de incentivos, tais como isenções fiscais e a possibilidade de deter 100% de propriedade estrangeira em determinados sectores. O capital mínimo para as empresas aprovadas pelo BOI pode variar em função da natureza da atividade, mas é geralmente superior ao limiar normal.
O capital deve ser depositado numa conta bancária tailandesa e é normalmente dividido em acções ordinárias detidas pelos acionistas.
2. Lei relativa às empresas estrangeiras (Foreign Business Act FBA)
O Foreign Business Act (FBA) da Tailândia desempenha um papel crucial na regulamentação da propriedade estrangeira em vários sectores. Esta lei proíbe os estrangeiros de deterem mais de 49% de certas empresas, exceto se obtiverem uma licença de empresa estrangeira (Foreign Business License - FBL) ou se a empresa for promovida pelo BOI, o que pode permitir uma participação estrangeira de 100%.
- Empresas sujeitas a restrições: A FBA divide as empresas sujeitas a restrições em três categorias:
- Categoria 1: Estas actividades estão completamente excluídas da propriedade estrangeira (por exemplo, radiodifusão, agricultura).
- Categoria 2: Os estrangeiros podem dedicar-se a estes sectores, mas apenas com uma autorização especial do Ministério do Comércio (por exemplo, produção de armas de fogo, transportes).
- Categoria 3: A propriedade estrangeira é permitida, mas requer uma licença de empresa estrangeira, uma vez que estas indústrias ainda não estão preparadas para enfrentar a concorrência estrangeira total (por exemplo, retalho, construção).
Navegar pelas restrições da FBA é fundamental para os investidores estrangeiros, uma vez que o não cumprimento pode levar a multas ou mesmo ao encerramento forçado da empresa. A StMatthew Global pode ajudar a obter as licenças necessárias e garantir que a sua empresa está em total conformidade com os regulamentos tailandeses.
3. Acionistas e administradores
Acionistas
- Mínimo de três acionistas: Na Tailândia, a constituição de uma sociedade anónima exige, pelo menos, três acionistas. Estes acionistas podem ser pessoas singulares ou colectivas. No caso de empresas detidas por estrangeiros, pelo menos 51% das acções devem ser detidas por cidadãos tailandeses, a menos que existam aprovações especiais ou promoções da Comissão do Investimento.
- Propriedade e direitos de voto: os direitos de voto dos acionistas são normalmente proporcionais às suas participações. Por conseguinte, a estruturação das acções da empresa é importante para determinar o controlo sobre a empresa.
Diretores
- Cidadãos tailandeses vs. cidadãos estrangeiros: A empresa deve nomear pelo menos um diretor, que é responsável pelas operações quotidianas da empresa. Tanto os cidadãos tailandeses como os estrangeiros podem ser administradores, mas certas actividades, especialmente as que implicam a assinatura de contratos em nome da empresa, podem exigir a participação de um cidadão tailandês.
- Responsabilidades legais: Os diretores na Tailândia têm deveres fiduciários e são legalmente obrigados a agir no melhor interesse da empresa. Devem também garantir que a empresa cumpre a legislação tailandesa, incluindo a apresentação de declarações financeiras anuais e a manutenção de uma governação empresarial adequada.
4. Processo de registo da empresa
O processo de registo de uma empresa na Tailândia é relativamente simples, mas devem ser seguidos vários passos para garantir a conformidade com a legislação local.
Etapa 1: Registo do nome da empresa
O primeiro passo é reservar um nome de empresa único através do Departamento de Desenvolvimento Empresarial (DBD) do Ministério do Comércio. O nome não deve assemelhar-se ou duplicar nomes registados existentes. Uma vez aprovado, o nome fica reservado durante 30 dias.
Etapa 2: Solicitar um número de identificação fiscal
Uma vez reservado o nome da empresa, a etapa seguinte consiste em registar a empresa e obter um número de identificação do contribuinte (TIN) junto do serviço de finanças tailandês. Todas as empresas na Tailândia devem ser registadas junto das autoridades fiscais, mesmo que inicialmente não gerem receitas.
Etapa 3: Registo do IVA
Se o rendimento anual da empresa for superior a 1,8 milhões de THB, deve registar-se para efeitos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). O IVA na Tailândia está atualmente fixado em 7% e as empresas devem apresentar declarações de IVA mensalmente.
Passo 4: Abrir uma conta bancária na Tailândia
Após a conclusão do registo, a empresa deve abrir uma conta bancária na Tailândia. O capital registado da empresa deve ser depositado nesta conta e este passo é essencial para a obtenção de autorizações de trabalho para trabalhadores estrangeiros. A maioria dos bancos tailandeses exige um comprovativo do registo da empresa, os estatutos e a documentação que comprove a autoridade do diretor.
Constitua a sua empresa tailandesa, em 2 dias.
Sistema de tributação na Tailândia
O sistema fiscal da Tailândia é relativamente simples, mas tem vários elementos-chave que os empresários estrangeiros devem conhecer ao estabelecerem uma empresa. A estrutura fiscal inclui o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e outros impostos, tais como o imposto com retenção na fonte e o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares. Além disso, os Acordos de Dupla Tributação (ADT) celebrados pela Tailândia com vários países desempenham um papel importante nas operações comerciais internacionais.
1. Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC)
Na Tailândia, o imposto sobre o rendimento das sociedades aplica-se a todas as empresas que operam no país. A taxa normal do IRC está fixada em 20%, aplicável à maioria das empresas. Este imposto é cobrado sobre os lucros líquidos e as empresas são obrigadas a apresentar anualmente uma declaração de IRC ao Ministério das Finanças.
Reduções e isenções fiscais para empresas promovidas pelo BdI
Para as empresas que se qualificam ao abrigo do regime do Conselho de Investimento (BOI), estão disponíveis vários incentivos e reduções fiscais. O BOI foi concebido para atrair o investimento estrangeiro em sectores-chave como a indústria transformadora, a tecnologia e o turismo. Alguns dos benefícios disponíveis para as empresas promovidas pela BOI incluem:
- Isenções do imposto sobre as sociedades: Dependendo do tipo de projeto e do sector, as empresas promovidas pela BOI podem beneficiar de até oito anos de isenção do imposto sobre o rendimento das sociedades.
- Taxas reduzidas de IRC : Em alguns casos, as empresas podem beneficiar de reduções das taxas de IRC para além dos 20% normais.
- Isenção de direitos de importação: as empresas da BdI estão frequentemente isentas de direitos de importação sobre máquinas, matérias-primas e outros factores de produção.
Além disso, as empresas estrangeiras com sedes operacionais regionais (ROH) na Tailândia podem beneficiar de taxas reduzidas de IRC e de outros benefícios fiscais. Isto faz da Tailândia um centro estratégico para as empresas internacionais que procuram gerir operações regionais.
2. Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
O IVA é uma parte significativa do sistema fiscal da Tailândia e aplica-se à venda de bens e serviços no país. A taxa normal do IVA é de 7%. No entanto, o registo do IVA só é obrigatório para as empresas com um volume de negócios anual superior a 1,8 milhões de THB. As empresas que se situam abaixo deste limiar não são obrigadas a registar-se para efeitos de IVA, mas podem optar por fazê-lo voluntariamente se pretenderem solicitar o reembolso do IVA sobre as suas despesas.
Isenções de IVA
Certas indústrias e sectores estão isentos de IVA, o que significa que, embora não tenham de cobrar IVA sobre os seus bens e serviços, também não podem reclamar o IVA sobre os seus factores de produção. Os sectores isentos incluem:
- Serviços de saúde: Os hospitais, os profissionais médicos e os serviços de saúde estão geralmente isentos de IVA.
- Educação: Os estabelecimentos de ensino, incluindo as escolas e as universidades, também estão isentos de IVA.
- Serviços culturais e religiosos: os serviços prestados por organizações religiosas e algumas actividades culturais estão isentos de IVA.
Para além destas isenções, alguns bens estão sujeitos a uma taxa zero de IVA, o que significa que as empresas não precisam de cobrar IVA, mas podem recuperar o IVA pago a montante. Exemplos de bens com taxa zero incluem as exportações e alguns produtos agrícolas.
3. Outros impostos
Para além do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e do IVA, as empresas na Tailândia podem também estar sujeitas a retenções na fonte e ter responsabilidades relativamente ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares para os seus empregados.
Retenções na fonte
A retenção na fonte aplica-se a determinados tipos de pagamentos efectuados pelas empresas, incluindo dividendos, royalties e juros. As taxas variam consoante o tipo de pagamento e a residência do destinatário. As taxas de retenção na fonte mais comuns incluem:
- Dividendos: sujeitos a uma retenção na fonte de 10% para pagamentos efectuados a pessoas singulares e colectivas residentes e não residentes.
- Pagamentos de juros: Geralmente sujeitos a uma retenção na fonte de 15% quando pagos a não residentes.
- Royalties: Os pagamentos de royalties estão normalmente sujeitos a uma retenção na fonte de 15% para os não residentes.
É importante que as empresas garantam a conformidade com os regulamentos de retenção na fonte, especialmente quando efectuam pagamentos a entidades estrangeiras, uma vez que o incumprimento pode resultar em penalizações.
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
Na Tailândia, os empresários e os trabalhadores estão sujeitos ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), que funciona de forma progressiva. As taxas do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares em 2024 variam entre 5% e 35%, consoante os escalões de rendimento. As entidades patronais são obrigadas a reter o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares dos salários dos seus trabalhadores e a entregá-lo mensalmente ao Ministério das Finanças.
Para os expatriados, é essencial compreender as regras de residência fiscal. Uma pessoa é considerada residente fiscal na Tailândia se permanecer no país durante mais de 180 dias num ano civil. Os residentes fiscais são obrigados a pagar PIT sobre os seus rendimentos a nível mundial, enquanto os não residentes são tributados apenas sobre os seus rendimentos de origem tailandesa.
4. Acordos de dupla tributação (ADT)
A Tailândia assinou Acordos de Dupla Tributação (ADT) com mais de 60 países em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a maioria dos países da UE. Estes acordos destinam-se a evitar a dupla tributação dos rendimentos obtidos em mais do que uma jurisdição, o que é particularmente vantajoso para as empresas internacionais.
As principais vantagens dos ACD incluem:
- Taxas reduzidas de retenção na fonte: Os ACD prevêem frequentemente taxas reduzidas de retenção na fonte sobre dividendos, juros e royalties pagos a residentes de países signatários de tratados.
- Créditos fiscais: As empresas e as pessoas singulares podem solicitar créditos fiscais no estrangeiro para compensar os impostos pagos num país com as suas obrigações fiscais na Tailândia.
- Redução dos preços de transferência: Os acordos de comércio livre ajudam a evitar que as autoridades fiscais tributem duas vezes o mesmo rendimento em transacções transfronteiriças, em especial quando se trata de preços de transferência entre entidades relacionadas.
Ao tirar partido destes acordos, as empresas podem reduzir a sua carga fiscal e melhorar a sua rentabilidade quando operam em vários países.
O sistema fiscal da Tailândia proporciona um ambiente favorável às empresas nacionais e estrangeiras. Com uma taxa normal de imposto sobre as sociedades de 20%, regulamentos de IVA acessíveis e numerosos incentivos disponíveis para empresas promovidas pelo BOI, as empresas podem beneficiar de uma estrutura fiscal competitiva. Além disso, a rede de acordos de dupla tributação do país aumenta ainda mais a atratividade da Tailândia como centro de operações internacionais, reduzindo o risco de dupla tributação e tornando os negócios transfronteiriços mais fáceis e eficientes.
Emprego e gestão de recursos humanos na Tailândia
Ao criar uma empresa na Tailândia, é essencial compreender o quadro jurídico e as obrigações relacionadas com a gestão do emprego e dos recursos humanos. Isto inclui a contratação de trabalhadores tailandeses, a gestão de autorizações de trabalho e vistos para trabalhadores estrangeiros e o tratamento dos salários e das contribuições para a segurança social. Segue-se um guia completo sobre estes aspectos.
1. Contratação de trabalhadores tailandeses
Requisitos legais
Na Tailândia, a contratação de trabalhadores locais implica o cumprimento de vários requisitos legais. Todas as entidades patronais devem fornecer aos seus trabalhadores um contrato escrito, embora os acordos verbais também sejam aplicáveis ao abrigo da legislação tailandesa. Os contratos de trabalho incluem normalmente os seguintes elementos
- Designação e descrição das funções: Definir claramente o papel e as responsabilidades do trabalhador.
- Salário: A remuneração acordada, que deve ser igual ou superior ao salário mínimo.
- Horário de trabalho : O horário de trabalho normal na Tailândia é de 48 horas por semana, com um máximo de 8 horas por dia. As horas extraordinárias são autorizadas, mas devem ser pagas a uma taxa mais elevada.
- Benefícios: Os trabalhadores têm direito a benefícios estatutários, tais como férias anuais e baixa por doença.
Salário mínimo e direitos dos trabalhadores
O salário mínimo na Tailândia varia consoante a região. Em 2024, varia entre 328 e 354 THB por dia, consoante a província. As entidades patronais são obrigadas a garantir que nenhum trabalhador ganhe menos do que o salário mínimo estabelecido para a sua região.
Para além dos salários, a legislação tailandesa confere aos trabalhadores vários direitos:
- Férias anuais: Após um ano de serviço, os trabalhadores têm direito a um mínimo de 6 dias de férias anuais remuneradas.
- Licença por doença: os trabalhadores têm direito a um máximo de 30 dias de licença por doença remunerada por ano.
- Licença de maternidade: As trabalhadoras têm direito a 90 dias de licença de maternidade, sendo 45 dias pagos pela entidade patronal e os restantes cobertos pela segurança social.
- Feriados: os trabalhadores têm direito a, pelo menos, 13 feriados por ano.
A legislação laboral tailandesa também obriga as entidades patronais a fornecer um aviso prévio por escrito ou uma indemnização em vez de aviso prévio se despedirem um trabalhador sem justa causa.
2. Autorizações de trabalho e vistos para trabalhadores estrangeiros
Autorizações de trabalho
Os trabalhadores estrangeiros que pretendam trabalhar na Tailândia devem obter uma autorização de trabalho, que é normalmente patrocinada pela entidade patronal. Para obter uma autorização de trabalho, a empresa deve, em primeiro lugar, certificar-se de que o trabalhador estrangeiro possui um visto de não imigrante B válido, que é o visto normal para actividades comerciais.
Ao requerer a autorização de trabalho, a entidade patronal deve apresentar documentos como os documentos de registo da empresa, os registos fiscais e uma prova da proporção de trabalhadores tailandeses. Uma vez emitida, a autorização de trabalho deve ser sempre transportada durante o período de trabalho na Tailândia.
Requisitos de visto
Para obter um visto de não imigrante B, os trabalhadores estrangeiros devem satisfazer critérios específicos, nomeadamente possuir uma oferta de emprego válida de uma empresa tailandesa registada. O visto permite-lhes permanecer na Tailândia durante 90 dias inicialmente, podendo ser prorrogado após a emissão da autorização de trabalho.
Rácio de 4:1 entre trabalhadores tailandeses e estrangeiros
A Tailândia impõe um rácio de 4:1 de trabalhadores tailandeses para trabalhadores estrangeiros. Isto significa que, por cada trabalhador estrangeiro contratado, a empresa deve empregar quatro cidadãos tailandeses. Este rácio aplica-se à maioria das empresas, embora alguns sectores possam ter requisitos ou isenções diferentes, nomeadamente para as empresas promovidas pelo BOI. As empresas que não cumpram este rácio podem ter dificuldades em obter autorizações de trabalho para os trabalhadores estrangeiros.
3. Segurança social e folhas de pagamento
Contribuições para a segurança social
Na Tailândia, as entidades patronais são obrigadas a registar os seus trabalhadores no Serviço de Segurança Social tailandês e a efetuar contribuições mensais para o fundo de segurança social. Tanto as entidades patronais como os trabalhadores devem contribuir com 5% do salário do trabalhador, até uma contribuição mensal máxima de 750 THB cada. Esta quotização garante aos trabalhadores a cobertura de despesas médicas, subsídios de desemprego, licença de maternidade e pensões.
Os trabalhadores assalariados podem beneficiar das prestações de segurança social a partir do momento em que estejam inscritos no sistema há pelo menos seis meses. A entidade patronal é obrigada a descontar do salário dos trabalhadores as quotizações para a segurança social e a entregá-las ao Serviço de Segurança Social, juntamente com as suas próprias quotizações.
Impostos sobre os salários
Na Tailândia, as entidades patronais são obrigadas a reter o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares nos salários dos trabalhadores. A taxa do imposto sobre o rendimento na Tailândia é progressiva, variando entre 0% e 35%, consoante os rendimentos do trabalhador. Os impostos sobre os salários devem ser apresentados mensalmente ao Departamento das Receitas. Os empregadores são responsáveis por garantir que os montantes corretos são retidos e apresentados atempadamente para evitar penalizações.
Além disso, as empresas devem apresentar relatórios mensais sobre os salários dos trabalhadores e as deduções fiscais, bem como as contribuições para a segurança social. Isto assegura que os benefícios dos empregados são mantidos e que a empresa cumpre os regulamentos fiscais locais.
Compreender a legislação e os regulamentos em matéria de emprego é fundamental para gerir com êxito uma empresa na Tailândia. Ao cumprir as leis relativas ao salário mínimo, garantir contratos adequados, gerir as autorizações de trabalho e tratar dos impostos sobre os salários e das contribuições para a segurança social, as empresas podem criar um ambiente de trabalho compatível e produtivo. Com a abordagem correta, a contratação de trabalhadores tailandeses e estrangeiros pode ser um processo sem problemas, permitindo que as empresas explorem um conjunto diversificado de talentos e cumpram os requisitos regulamentares.
Obrigações pós-incorporação e conformidade na Tailândia
Após a constituição de uma empresa na Tailândia, as empresas são obrigadas a cumprir várias obrigações pós-incorporação para garantir a conformidade com as leis e regulamentos tailandeses. Estas obrigações envolvem normalmente a apresentação de registos anuais, auditorias financeiras e relatórios estatutários. Segue-se uma panorâmica geral destes requisitos e da sua importância para as empresas que operam na Tailândia.
1. Registos anuais
Uma das principais responsabilidades após a constituição da empresa é a apresentação das demonstrações financeiras anuais e das declarações fiscais às autoridades competentes.
- Declarações financeiras anuais: Todas as empresas tailandesas são obrigadas a preparar e a apresentar declarações financeiras anuais ao Departamento de Desenvolvimento Empresarial (DBD), que faz parte do Ministério do Comércio. Estas declarações devem ser apresentadas no prazo de cinco meses após o final do ano fiscal da empresa. As demonstrações financeiras devem refletir com exatidão a situação financeira e o desempenho da empresa no ano anterior, incluindo os resultados, os balanços e as demonstrações de fluxos de caixa.
- Manutenção de registos contabilísticos: De acordo com a legislação tailandesa, as empresas são obrigadas a manter registos contabilísticos e práticas de contabilidade exactos. Estes registos devem estar em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites na Tailândia (GAAP) e devem ser mantidos durante pelo menos cinco anos. Uma contabilidade adequada é fundamental não só para o cumprimento da regulamentação, mas também para apoiar a preparação de demonstrações financeiras e declarações fiscais.
- Declarações de impostos: As empresas devem apresentar uma declaração anual de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (formulário PND 50) junto da Direção-Geral dos Impostos. Esta declaração deve ser entregue no prazo de 150 dias a contar do final do ano fiscal e apresenta o rendimento tributável da empresa durante o ano. As empresas podem também ter de apresentar declarações de imposto retido na fonte e declarações de imposto sobre o valor acrescentado (IVA) mensal ou trimestralmente, dependendo da natureza da sua atividade e do seu estatuto de registo de IVA.
O não cumprimento destes requisitos de registo pode levar a penalizações, encargos com juros e até à suspensão das operações comerciais. A StMatthew Global pode ajudar na gestão destes registos, assegurando que a sua empresa permanece em conformidade com todos os regulamentos contabilísticos e fiscais tailandeses.
2. Auditorias
Na Tailândia, algumas empresas são obrigadas a ter as suas demonstrações financeiras auditadas por um contabilista público certificado (CPA), especialmente as que têm receitas significativas ou um grande número de empregados.
- Limiares de auditoria: As empresas que satisfazem critérios específicos, tais como ter um rendimento anual superior a 30 milhões de THB ou empregar mais de 50 trabalhadores, são obrigadas a submeter-se a uma auditoria. As demonstrações financeiras devem ser auditadas anualmente e o relatório do auditor deve ser apresentado juntamente com as demonstrações financeiras ao DBD e ao Departamento de Receitas.
- Âmbito da auditoria: A auditoria assegura que as demonstrações financeiras da empresa apresentam uma imagem exacta e fiel da sua situação financeira, em conformidade com as normas de contabilidade tailandesas. Os auditores analisarão os registos, as transacções e os controlos internos da empresa para garantir a exatidão e a transparência.
- Importância das auditorias: As auditorias não só cumprem os requisitos legais, como também aumentam a credibilidade e a fiabilidade da empresa, especialmente para potenciais investidores, parceiros e partes interessadas. Uma auditoria independente também ajuda a identificar quaisquer discrepâncias ou áreas de melhoria nos sistemas financeiros da empresa.
Prestamos assistência no processo de auditoria, coordenando com auditores qualificados para garantir uma revisão suave e eficiente das finanças da sua empresa, cumprindo todas as obrigações legais sem stress ou atrasos indevidos.
3. Relatórios estatutários
Para além dos registos e auditorias anuais, as empresas tailandesas devem cumprir as obrigações legais de apresentação de relatórios ao Ministério do Comércio e ao Departamento das Receitas.
- Relatórios do Ministério do Comércio: as empresas tailandesas são obrigadas a apresentar relatórios da assembleia geral anual (AGM) e informações actualizadas sobre os acionistas e os administradores. A AGA deve ser realizada no prazo de quatro meses após o final do ano fiscal da empresa, durante o qual os acionistas analisam e aprovam as demonstrações financeiras auditadas e outros assuntos importantes. Após a AGA, as empresas devem apresentar as actas da reunião e uma lista actualizada dos acionistas ao DBD no prazo de um mês.
- Declaração do serviço de finanças: As empresas registadas para efeitos de IVA devem apresentar declarações regulares de IVA. Além disso, devem apresentar declarações de retenção na fonte se tiverem efectuado pagamentos sujeitos a retenção na fonte, tais como salários, rendas e honorários de serviços profissionais. As empresas são também obrigadas a apresentar mensalmente os impostos sobre os salários dos seus empregados e a assegurar que as contribuições para a segurança social são deduzidas e pagas em conformidade.
O não cumprimento destes requisitos estatutários pode resultar em multas, penalizações e atrasos no processamento das transacções da empresa. Em parceria com a StMatthew Global, tratamos de todos estes registos legais, assegurando que a sua empresa permanece em boa posição perante as autoridades tailandesas.
Manter-se em conformidade com as obrigações pós-incorporação é fundamental para gerir uma empresa de sucesso na Tailândia. Desde a apresentação de declarações financeiras anuais e a realização de auditorias até ao cumprimento dos requisitos legais de comunicação, cada passo é vital para manter a transparência legal e financeira. Na StMatthew Global, especializamo-nos na gestão destas obrigações para os nossos clientes, assegurando que permanecem em conformidade com os regulamentos tailandeses enquanto se concentram no crescimento dos seus negócios. Deixe-nos tratar das formalidades administrativas e legais para que se possa concentrar nos objectivos estratégicos da sua empresa.
Vantagens e desafios da criação de uma empresa na Tailândia
Vantagens da criação de uma empresa na Tailândia
1. Localização estratégica no Sudeste Asiático
A localização estratégica da Tailândia no coração do Sudeste Asiático torna-a um centro ideal para as empresas que procuram aceder a mercados em rápido crescimento na região. Fazendo fronteira com países como Myanmar, Laos, Camboja e Malásia, bem como estando perto de grandes actores económicos como a China e a Índia, a Tailândia oferece às empresas oportunidades sem paralelo para o comércio e a expansão do mercado. O país é membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), concedendo às empresas acesso à Área de Comércio Livre da ASEAN (AFTA), que reduz os direitos aduaneiros entre os Estados membros e facilita o comércio regional. Esta vantagem de localização significa que as empresas podem facilmente servir os clientes e estabelecer cadeias de abastecimento em toda a região, aumentando a sua vantagem competitiva.
2. Baixos custos de funcionamento
Em comparação com outros países da região, como Singapura, Japão ou Hong Kong, a Tailândia oferece custos operacionais significativamente mais baixos. As empresas beneficiam de custos de mão de obra acessíveis, com o salário mínimo a variar entre 328 e 354 THB por dia, consoante a região. Além disso, os custos de aluguer e de serviços de utilidade pública para escritórios são relativamente baixos, tornando a Tailândia atractiva tanto para empresas em fase de arranque como para empresas já estabelecidas. Este ambiente empresarial económico permite às empresas afetar mais recursos ao crescimento e desenvolvimento, mantendo simultaneamente despesas gerais mais baixas.
3. Apoio e incentivos governamentais
O Board of Investment (BOI) da Tailândia desempenha um papel fundamental na promoção do investimento estrangeiro, oferecendo uma série de incentivos. As empresas promovidas pelo BOI podem beneficiar de isenções fiscais (até 8 anos em alguns sectores), de direitos de importação reduzidos e da possibilidade de deterem uma participação maioritária estrangeira em indústrias tipicamente restringidas pela Lei das Empresas Estrangeiras. O BOI também simplifica o processo para as empresas estrangeiras obterem autorizações de trabalho e vistos para os seus empregados, facilitando o recrutamento de talentos internacionais. Estes incentivos, juntamente com o processo simplificado de registo de empresas da Tailândia, contribuem para um ambiente favorável às empresas para os investidores estrangeiros.
Desafios e a importância de trabalhar com a StMatthew Global
1. Barreiras linguísticas e diferenças culturais
Um dos principais desafios que os empresários estrangeiros enfrentam quando criam uma empresa na Tailândia é a barreira linguística. Embora o inglês seja habitualmente falado em ambientes empresariais, especialmente em Banguecoque, muitos documentos legais e comunicações governamentais são conduzidos em tailandês, o que pode complicar as operações comerciais. Além disso, navegar pelas diferenças culturais pode ser um desafio, uma vez que a Tailândia tem uma etiqueta comercial distinta que enfatiza o respeito pela hierarquia, a construção de relações a longo prazo e a manutenção da "cara". Compreender estas nuances culturais é essencial para estabelecer relações comerciais bem sucedidas e assegurar uma comunicação fluida com os parceiros e funcionários locais.
2. Navegar no Foreign Business Act (FBA)
O Foreign Business Act (FBA) regula a propriedade estrangeira na Tailândia, impondo restrições a determinados sectores considerados críticos para os interesses nacionais do país. Por exemplo, os investidores estrangeiros estão proibidos ou limitados de possuir empresas em sectores como o comércio retalhista, a agricultura e a propriedade fundiária, a menos que recebam uma promoção do BOI ou outras isenções especiais. Isto significa que as empresas estrangeiras têm muitas vezes de entrar em joint ventures com parceiros tailandeses, com o lado tailandês a deter uma participação maioritária, ou solicitar uma Licença de Negócio Estrangeiro, um processo que pode ser complexo e demorado. A StMatthew Global pode ajudar a navegar nestes enquadramentos legais, assegurando o cumprimento das leis locais e optimizando as estruturas de propriedade sempre que possível.
3. Processos burocráticos complexos
Apesar dos esforços do governo para melhorar a facilidade de fazer negócios, certos processos burocráticos na Tailândia continuam a ser complexos e demorados, especialmente para as empresas estrangeiras. A obtenção das licenças e autorizações necessárias, tais como autorizações de trabalho para trabalhadores estrangeiros e licenças de funcionamento específicas do sector, envolve frequentemente várias agências governamentais e pode ser retardada por obstáculos administrativos. Por exemplo, a criação de uma empresa, a obtenção de autorizações de trabalho e o cumprimento dos regulamentos locais de emprego podem exigir uma coordenação cuidadosa com o Ministério do Trabalho e outros organismos reguladores. As complexidades destes processos podem ser assustadoras sem a orientação de profissionais que estejam familiarizados com o ambiente regulamentar tailandês.
Embora a Tailândia ofereça uma série de vantagens para as empresas que procuram estabelecer-se no Sudeste Asiático - graças à sua localização estratégica, baixos custos operacionais e forte apoio governamental - os desafios de navegar pelas barreiras linguísticas, restrições regulamentares ao abrigo do Foreign Business Act e complexidades burocráticas podem representar obstáculos significativos. Ao estabelecer uma parceria com a StMatthew Global, as empresas podem superar esses desafios com facilidade, garantindo uma instalação tranquila, compatível e bem-sucedida no mercado tailandês.